Bem vindos!

A partir de hoje a Rio Percussão inaugura mais um canal de comunicação.

É claro! O assunto aqui é música!

Este espaço será utilizado para artigos, partituras, vídeos ou qualquer coisa que acharmos relevante!

Mas para que este canal funcione precisamos de vocês!

Através das nossas redes sociais comente, faça perguntas e interaja!

Como primeiro artigo aí vai um texto sobre educação musical!

Ritmos Volume I
Relançamento do método RITMOS VOL 1 revisado e ampliado

- 20/08/2024 -









Dirigido à músicos e estudantes de música.

Embora pensado para percussionistas e bateristas, este material pode ser usado por qualquer interessado em aprender leitura rítmica. Neste primeiro volume vamos aprender os compassos simples. No segundo, compassos compostos e mistos, modulação métrica e polirritimia.

De forma prática e direta, você encontrará exercícios para desenvolver uma sólida noção de tempo e precisão rítmica.

Link para compra: RITMOS VOL 1 revisado e ampliado

Guilherme Gonçalves .



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No Compasso do Samba (Edição Atualizada)

- 31/08/2022 -





No Compasso do Samba, esta de volta revisado e ampliado. Nele você encontra uma pequena história deste que é o mais carioca dos ritmos e uma discussão sobre qual a maneira correta de se escrever o samba. Além disso, diversos ritmos de samba escritos numa única voz. A idéia é você usar estes ritmos de maneira criativa, sempre com diferentes articulações, e ainda, misturar e sobrepor os vários ritmos apresentados.

A Novidade fica por conta de exercícios para desenvolver a independência entre os quatro membros e uma edição em inglês.

Qualquer dúvida sobre este ou qualquer método disponível aqui entre em contato.

Link para compra: No Compasso do Samba

Saudações

Guilherme Gonçalves .



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BITUCA
Método Completo de Bateria

- 12/08/2022 -





O "Método Completo de Bateria" de Edgar Nunes Rocca, já está disponível para Download!!

Link para download: Método Completo de Bateria
Tamanho: 173MB .



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BITUCA
Estudo de caixa em 2X4

- 12/07/2022 -





Último manuscrito desta série!

Um estudo de caixa em 2X4. Embora o original estar envelhecido e borrado, vale pelo valor histórico!

Na próxima postagem o “Método Completo de Bateria” do grande Bituca! .



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BITUCA
Trio 2x2

- 05/07/2022 -





Mais um manuscrito do Bituca! Desta vez um Trio também escrito em 2X2!                                 .



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BITUCA
Dueto 2x2

- 28/06/2022 -





Estarei disponibilizando aqui nas próximas semanas alguns manuscritos, que farão parte do meu próximo livro, RITMOS VOLUME II, escrito pelo meu parceiro, mestre e amigo Edgard Nunes Rocca (Bituca).

Para começar um Dueto em 2X2!



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O TAMBOR VOLUME II
Estudos Técnicos Para Caixa

- 13/04/2021 -



No método "O Tambor Volume 1", você estudou todos os tipos de tiques e os diferentes baqueteamentos que formam a nossa base técnica.

Neste segundo volume, voce irá ampliar o seu conhecimento e encontrará exercícios para aprimorar a sua técnica. Serão apresentados os Rulos, Ornamentos e todos os Rudimentos!

São mais de 100 páginas de exercícios e estudos didaticamente escritos!

Para um bom aproveitamento, é importante que você domine todo o material apresentado no Tambor Volume I e tenha uma boa leitura rítmica.

O TAMBOR VOLUME II

Guilherme Gonçalves



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RITMOS VOL I - VIDEO VI
Série de vídeos

- 28/12/2020 -



Último vídeo do ano!

-Para quem ainda não tem os métodos, visite a página de PUBLICAÇÕES.

-Não se esqueça também de fazer a sua inscrição no nosso canal do Youtube (https://www.youtube.com/c/RioPercussãoProduções) e deixe seu comentário!

Feliz 2021 com muita paz, saúde e muita música!

Guilherme Gonçalves





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RITMOS VOL I - VIDEO V
Série de vídeos

- 21/12/2020 -



Já está no ar o quinto vídeo do método RITMOS VOL I!

Faça a sua inscrição na nossa página do Youtube (https://www.youtube.com/c/RioPercussãoProduções) e não se esqueça de deixar seu comentário!

RITMOS VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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O TAMBOR VOL I - VIDEO IV
Série de vídeos

- 14/12/2020 -



Nesta semana, mais um vídeo sobre ACENTUAÇÃO!

Lembrando, para quem não é inscrito, faça a sua inscrição (https://www.youtube.com/c/RioPercussãoProduções) e clique no sino para que você receba as notificações sobre novos vídeos!

O TAMBOR VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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Frases de Elvin Jones
(compilado por Norman Grossman)

- 08/12/2020 -



O papel do baterista é fornecer uma base para tudo o que está sendo tocado. O erro que muitos bateristas cometem é não manter o tempo quando é necessário. Um conhecimento profundo de qualquer estilo é um pré-requisito.

Ter um bom Tempo deve ser uma regra, não uma exceção.

– O papel de suporte é uma obrigação. Sempre há demanda por um bom músico. Não importa o que você esteja tocando, faça com que seja a melhor coisa que já aconteceu nesse estilo.

– Um dos erros de bateristas inexperientes é tentar fazer muito sem implicar em tempo. Isso, junto com a pirotecnia injetada na hora errada, é desastroso.

– Deve-se aumentar a beleza de uma peça, em vez de diminuí-la.

– Aprenda o máximo de músicas que você puder.

– A capacidade de extrair um tom do tambor é muito difícil, mas necessária. Depende do seu toque, do seu ouvido, da sua afinação e de você.

– Parece que a maioria dos grandes bateristas tem orientação rudimentar.

– Deve haver consistência do tempo em tudo o que você faz.

– Afinação e dinâmica são formas de validar uma boa ideia musical.

– Tocar deve ser como caminhar. Deve ser uma função natural da vida de um músico.

– As ideias só têm sentido se forem utilizadas no momento apropriado em uma peça.

– Todos os ritmos existem individualmente. No entanto, é a montagem e o resultado final das combinações que é finalmente julgado.

– Todas as combinações devem resultar na projeção de um sentimento e de um ritmo.

– Tocar em forma livre requer mais disciplina do que quase qualquer outra coisa. Para evitar qualquer coisa, é necessário ter um conhecimento detalhado disso.

– A habilidade de ler música deve ser adquirida por todos os que se consideram músicos.

– O conteúdo musical é sempre mais importante do que o visual.

– Deve-se explorar todas as possibilidades de uma bateria para usá-la musicalmente.

– Deve-se conhecer suas capacidades.

– A condição do seu corpo é um fator muito importante no tocar.

– Uma pessoa verdadeiramente criativa nunca pisa em outros artistas. Ele acrescenta à sua expressão.

– Sempre ouça todos, incluindo você mesmo.

– Todos os músicos têm a responsabilidade de responder uns aos outros.

– Não importa quanto talento você pensa que tem, desenvolva-o.

– Pense em uma única linha, não importa quantas coisas você esteja tocando ou ouvindo.

– A conexão de frases rítmicas lógicas entre si é sempre o meu objetivo.

– Pratique tanto com os pés quanto com as mãos.

– A coisa mais importante que um baterista pode fazer é manter o tempo.

Elvin Jones (compilado por Norman Grossman)



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O TAMBOR VOL I - VIDEO III
Série de vídeos

- 07/12/2020 -



Nesta semana, o terceiro vídeo sobre o método O TAMBOR VOLUME I - Estudos Técnicos para Caixa.
Neste vídeo, uma introdução à ACENTUAÇÃO!

O TAMBOR VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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RITMOS VOL I - VIDEO IV
Série de vídeos

- 22/11/2020 -



Mais um vídeo para você do método RITMOS VOL I. Desta vez ritmos formados pela subdivisão do tempo em 3 partes iguais.

RITMOS VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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O TAMBOR VOLUME I - VIDEO II
Série de vídeos

- 16/11/2020 -



Nesta semana, o segundo vídeo sobre o método O TAMBOR VOLUME I - Estudos Técnicos Para Caixa. Neste vídeo um exercício que foi me passado pelo Edgard Rocca (Bituca) para desenvolver o TOQUE SIMPLES!

O TAMBOR VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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RITMOS VOL I - VIDEO III
Série de vídeos

- 09/11/2020 -



Pessoal, já está disponível o terceiro vídeo do método RITMOS VOL I! Para dúvidas e comentários, utilize nossas redes sociais.

RITMOS VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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RITMOS VOL I - VIDEO II
Série de vídeos

- 02/11/2020 -



Como já é tradição nas segundas-feiras, mais uma publicação! Desta vez o segundo vídeo do RITMOS VOL I, falando sobre uma das escolhas mais importantes que temos que fazer, que é a escolha dos BAQUETAMENTOS.

RITMOS VOLUME I

Guilherme Gonçalves





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O TAMBOR - VIDEO I
Série de vídeos

- 26/10/2020 -



Nesta semana, o primeiro vídeo sobre o método O TAMBOR.

O TAMBOR VOLUME I - Estudos Técnicos Para Caixa

Guilherme Gonçalves




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RITMOS VOL I - VÍDEO I
Série de vídeos

- 19/10/2020 -



Olá! Começando aqui uma série de vídeos com dicas sobre como utilizar os métodos RITMOS e O TAMBOR.

Qualquer dúvida entre em contato!

Guilherme Gonçalves




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O TAMBOR VOLUME I
Estudos Técnicos Para Caixa

- 11/10/2020 -



Mais um método de caixa!

Na verdade este trabalho já estava concebido intelectualmente faz muito tempo!

Mas foi agora na quarentena que tive o tempo de escrever e editar.

"O TAMBOR VOLUME I - Estudos Técnicos Para Caixa”, é um método para você desenvolver sua técnica com as baquetas! São mais de 80 páginas didaticamente escritos para o iniciante até o nível intermediário!

Em breve chega o Volume II...

Enquanto isso mãos à obra!

Guilherme Gonçalves




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Edgard Nunes Rocca
Bituca

- 06/10/2020 -



Edgard Nunes Rocca – Bituca

É com muito prazer que recebo a missão de disponibilizar aqui métodos e originais do querido Edgard Nunes Rocca! Fora de edição há muito tempo, estes métodos são provavelmente os primeiros escritos para bateria percussão! Sem dúvida são parte importante da cultura brasileira!

Obrigado ao Marcos e Edgard por me confiar este material de valor inestimável!

Para começar o método "Ritmos Brasileiros e seus Instrumentos de Percussão” já está disponível!

De quebra vai também um vídeo de uma época que se ouvia música de verdade até na TV.


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Canon Para Edison Machado
Trio de baterias

- 28/09/2020 -



Canon Para Edison Machado – Trio de baterias

Composições específicas para bateria sempre foram instigantes para mim pelo fato de que representam um desafio, uma vez que coordenar e executar ritmos e frases não convencionais no instrumento são ações que demandam muita concentração e dedicação, e consequentemente, o resultado é um crescimento musical que não pode ser facilmente quantificado.

Dessa forma, quando tomei conhecimento da composição intitulada “Canon para Edison Machado”, de autoria de Jota Moraes, o que me chamou a atenção foi o fato de que a composição do ano de 1983 foi escrita especificamente para trio de baterias, além de receber o nome de um dos bateristas mais importantes da música brasileira: Edison Machado.

Durante as primeiras pesquisas, descobri que o compositor Jota Moraes compôs esse trio de baterias pensando em homenagear Edison Machado. A composição foi realizada em formato de Cânone, o que eu considero uma inovação, pois cânone é uma forma de música polifônica antiga e comum em Corais, porém raramente utilizada em composições para baterias.

A composição “Canon para Edison Machado” foi um presente de Jota Moraes para o músico baterista Pascoal Meirelles e que, a princípio, deveria fazer parte do segundo disco solo de Pascoal, intitulado Tambá. Entretanto, devido aos recursos tecnológicos limitados da época em que o disco foi gravado e à falta de ensaios, não foi possível realizar a gravação de acordo com a partitura original.

Passados 32 anos, surgiu a ideia de fazer uma nova gravação da composição na íntegra. Para isso, Rodrigo Paiva e eu convidamos Pascoal Meirelles e o compositor Jota Moraes para que, junto conosco, realizássemos essa versão que foi idealizada em formato bilíngue (Português e Inglês) em um Livro com DVD incluso.

O Livro contém um histórico da composição “Canon para Edison Machado”, uma breve biografia do homenageado Edison Machado, uma análise musical da peça com informações e sugestões para auxiliar a execução, assim como a cópia do manuscrito original da partitura e outras informações relevantes para a história da música e da bateria brasileira.

No DVD com duração de 39 minutos, você encontrará a performance do trio de baterias, além de entrevistas com o compositor Jota Moraes e com os três músicos bateristas que performaram essa versão.

Neste mês de setembro de 2020, completam-se 30 anos da morte de Edison Machado, criador de estilo muito forte e particular de tocar bateria. Sua importância para a música brasileira pode ser facilmente comprovada ouvindo-se as gravações que ele realizou, por conta de seu estilo arrojado e inovador para os padrões da época em que atuou.

Salve o Canon para Edison Machado!

Rafael Alexandre.


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Uma visita ao Edson Machado
(Por Pascoal Meirelles)

- 20/09/2020 -

Edson Machado


Estou abrindo este espaço para amigos! E nada melhor do que começar com um artigo escrito por um grande músico!

Pascoal Meirelles dispensa apresentação, e o artigo não poderia ser outra coisa e senão sensacional!

Relembrando a atuação do Edson Machado na música brasileira, posso dizer que ele marcou indelevelmente a sua presença dentro da história. Desde Belo Horizonte eu ouvia e acompanhava todos os discos que ele gravou na época da bossa nova. Tive a sorte de conhecê-lo bem e ser alvo do seu humor sarcástico, que eu sempre admirei!

Quando fui ao Rio gravar o disco do meu primeiro LP Tempo Trio, depois do trabalho, eu ia assisti -lo no Beco das Garrafas.

Chegando lá, comentei com ele que eu estava no Rio de Janeiro para gravar um disco, fui fazer uma divulgação na TV Tupi, eu estava empolgado como qualquer garoto de 20 anos em início de carreira tendo a chance de conversar com o seu ídolo!

Quando contei a ele sobre a gravação, Edison deu um aparte dizendo que ao assistir o Trio pela TV ao vivo, achou que era ele que estava em cena tamanha a semelhança da minha forma de tocar com a dele, ou seja, em outras palavras o querido Edson estava me dizendo: não me imite garoto, busque o seu estilo.

Em outra situação, já mais amadurecido como musico, fui ao People, casa de show da zona sul do RJ nos idos dos anos 80 e quando cheguei na portaria do clube, Edson me interpelou dizendo que não ia tocar paradidles, toque simples ou toque duplo, tudo isso para esclarecer sua repulsa e crítica a atuação dos bateristas de usavam os rudimentos ou seja: tomei mais uma...

Nesta mesma época, Edson gravou seu primeiro disco solo com arranjos de grandes músicos presentes. Este foi para mim a melhor participação gravada em orquestra de bossa nova. Os arranjos foram escritos por nada menos que Moacir Santos, J.T. Meireles, Raul de Souza, Maciel Trombone, Tenório JR e Paulo Moura.

Edson Machado resolveu se aventurar em carreira internacional e foi para a Europa e logo depois para New York, já com agenda pré- definida.

Moral da história: a minha Felicidade de poder conviver com essas grandes referências, me tornou o baterista que sou hoje. Agora consigo perceber que na verdade, foi uma lição e não deboche que o Edson fez ao comentar sobre a nossa semelhança tocando.

Um baterista único, carinhoso, elegante, referência até os dias atuais e já no século XXI, continua sendo unanimidade.

Por vezes me pego fazendo o mesmo com os meus alunos e acho que esse é o curso natural de quem tem uma longa carreira. Esses detalhes me fazem sorrir e é por isso que eu gosto sempre de relembrá-los. Para quem tem o hábito de ver e ouvir as minhas entrevistas, sabe que sempre me reporto ao Edison pois esta é a minha forma de homenagear este grande nome da nossa bateria. viva Edison Machado!

13/09/2020 (domingo)
Pascoal Meirelles

Pascoal Meirelles

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RITMOS VOLUME I

- 14/09/2020 -



RITMOS VOLUME I é um método sobre leitura rítmica.

Lá você encontrará exercícios e estudos para aprender a leitura rítmica. Neste primeiro volume ritmos nos compassos simples.

Em breve no segundo volume mais ritmos nos compassos simples e também, nos compostos e mistos.

Siga os vídeos (youtube.com/c/RioPercussãoProduções) para elucidar mais ainda o assunto!

E tem mais, aproveitando este lançamento, estamos fazendo algumas mudanças aqui no site para melhor organizar o acesso de vocês. Teremos dois novos "menus", PUBLICAÇÕES e ÁUDIOS.

Bom estudo!

Guilherme Gonçalves


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No Compasso do Samba

- 31/08/2020 -

Mais uma publicação para vocês!

No livro No Compasso do Samba, você encontrará uma pequena história deste que é o mais carioca dos ritmos e uma discussão sobre qual a maneira correta de se escrever o samba.

Além disso, você encontra também diversos ritmos de samba. Escritos numa única voz, a idéia é você usar de maneira criativa, através de diferentes articulações ou ainda misturar e sobrepor os vários ritmos que lá estão!

Em breve vídeos (youtube.com/c/RioPercussãoProduções) para elucidar mais ainda o assunto!

Guilherme Gonçalves

Atualização em 24/03/2022: O livro No Compasso do Samba, está sendo atualizado e em breve estará disponível para compra. Aguarde!

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As Baquetas

- 20/08/2020 -

No próximo 16 de setembro Edgard Nunes Rocca completaria 83 anos!

Sem dúvida Bituca, como era conhecido, foi um desbravador do ensino da bateria e da percussão no Brasil. Foi dele alguns dos primeiros métodos escritos no Brasil. Aproveitando esta data, estarei disponibilizando alguns métodos escritos por ele nos anos 80 e que há muito deixou de ser editado, além de manuscritos originais digitalizados!

Começando pelo original da sua peça “As Baquetas” escrita no início dos anos 80 para caixa que já está disponível na seção de PUBLICAÇÕES.

Guilherme Gonçalves

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Carnaval

- 20/01/2019 -

Carnaval chegando e coincidentemente, mexendo aqui nos meus arquivos, encontrei este manuscrito do nosso querido Edgard Nunes Rocca, o grande Bituca!

Sem dúvida um dos maiores bateristas brasileiros, entre suas muitas habilidades Bituca foi também um criador dentro do samba e do carnaval em geral.

Foi ele o primeiro a tocar samba com uma baqueta e uma vassourinha em cada mão!

…e numa banda de carnaval seu ritmo de caixa muitas vezes “segurava" sozinho o ritmo numa noite inteira de carnaval!

Aqui para vocês duas levadas que ele escreveu para mim e que tanto tocou durante sua carreira!

Salve a bateria brasileira!

Guilherme Gonçalves

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O Tambor

- 20/07/2018 -

A história dos instrumentos de percussão está intimamente ligada ao desenvolvimento da civilização. Através de registros e estudos das raças selvagens e primitivas, pode-se concluir que a música rítmica surgiu antes de qualquer outro tipo de música.

Escavações arqueológicas fornecem substanciais evidências da existência de instrumentos musicais de percussão pré-históricos, de até 30.000 anos. O embrião desses instrumentos foi gerado inconscientemente pelo homem primitivo, que começou a bater com o pé no chão e a dar tapas pelo corpo, para marcar o ritmo de suas danças.

Os historiadores ensinam que o homem pré-histórico só tinha um objetivo na vida: manter a si próprio e seus dependentes. Sua sobrevivência dependia das armas que fabricava para proteção e para a caça. Assim, não é difícil compreender porque estas armas — pedras, conchas, escudos, arco e flecha, tacapes, etc — tenham se tornado também os primeiros instrumentos musicais. O primeiro instrumento confeccionado com a finalidade especificamente musical foi o chocalho de barro da era Paleolítica, descoberto em escavações arqueológicas.

Dos numerosos instrumentos de percussão, os tambores de pele eram, e são até hoje, considerados os mais importantes. Sua evolução acompanhou, ao longo dos séculos, a evolução cultural do homem. A cobertura de um tronco cavado ou de um vaso de barro com uma pele animal, resultou num considerável avanço na história da música. À primeira vista, parece uma coisa simples, mas se levamos em conta o estágio intelectual do homem selvagem, torna-se difícil compreender um desenvolvimento tão sofisticado.

Historiadores acreditam que o tambor surgiu antes de seus primeiros registros históricos. Por causa da pouca durabilidade do material com o qual eram construídos — madeira (tronco) e pele animal — os tambores não resistiam ao tempo, por isso, ele aparece nos registros da história da música já bem tarde. Os arqueólogos podem precisar melhor a existência dos instrumentos confeccionados em osso e pedra.

O primeiro registro concreto do uso do tambor veio da Alemanha, onde foi encontrado um tambor de barro feito 3000 a.C. Na mesma época, na Mesopotâmia já eram usados vários tipos de tambores. A popularidade destes instrumentos de membranas nas antigas civilizações é comprovada por suas numerosas representações em monumentos e pinturas no Egito, Assíria, Índia e Pérsia.

O tambor era peça indispensável na vida primitiva. Quase todas as tribos usavam tambores, mesmo quando possuíam outros instrumentos. A “Vedda”, tribo do Ceilão, é a única que nunca possuiu nenhum instrumento musical e o acompanhamento de suas canções é feito dando tapas no peito.

A importância do tambor de pele e sua influência em todos os tempos é universalmente conhecida. Trata-se de instrumento vital e certamente o mais significativo entre os de percussão. Seu uso e desenvolvimento é uma história dentro da história. Ao tambor sempre foi creditado poderes mágicos, sendo considerado mais sagrado do que qualquer outro.

Estudando-se a história dos povos primitivos — da antiguidade e dos dias atuais — historiadores descobriram, na Abissínia, a existência daquilo que pode ter sido o primeiro tambor, o “Tambor de Terra”, que consistia em dois buracos de diferentes profundidades, em forma de cones que eram tocados com a palma da mão criando, dessa maneira, uma vibração sonora.

Outro instrumento similar, é o “Tambor de Areia”, encontrado entre os pigmeus na Nova Guiné, que é feito por dois buracos, ligados por um túnel. Para obter o som, os pigmeus tocavam com as mãos sobre o túnel, criando assim uma caixa de ressonância. Através do “Tambor de Areia” o homem pré-histórico descobriu que o espaço oco era o fator principal da ressonância.

Do “Tambor de Terra” foram para o “Tambor de Tronco” que consistia num tronco de árvore escavado e com dois buracos tal como aqueles que faziam na terra (uma fenda longitudinal substituía o túnel). O instrumento poderia, muito bem ter sido criado na antiguidade através de experiências ou de um simples acaso.

Os primeiros tambores fabricados pelo homem eram de madeira e suas membranas de pele de animais marinhos, lagartos e cobras. Os arqueólogos afirmam que esses instrumentos eram tocados, no início, apenas com as mãos, o uso de baquetas só veio a ocorrer num estágio mais avançado, provavelmente quando da invenção dos tambores com duas peles, já na idade do metal.

O primeiro tambor com a forma hoje conhecida, foi o “Tabor” (nome inglês), que tinha apenas uma pele e surgiu na Europa no início da Idade Média. Logo depois foi por lá difundido como um instrumento folclórico e militar.

Mais tarde apareceu no sul da França, na região da Provence, com o nome de “Tambourin Provençal” (Tambor de Provence) que era uma evolução do “Tabor” e media cerca de 70 centímetros de profundidade, por 36 de diâmetro. Esses instrumentos podiam ter uma ou duas peles e uma corda de tripa na pele superior. Outros tipos de tambores surgiram na Idade Média, como o “Long Drum” (Tambor Longo) e o “Parade Drum” (Tambor de Parada).

O formato desses tambores prevalecem até os dias de hoje. Podem ser encontrados em diversos tamanhos, produzidos com matérias primas diferentes, mas, no fundo, todos os tambores que usamos hoje em dia não deixam de ser muito próximos dos tambores criados na Idade Media.

Guilherme Gonçalves

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Educação Musical e a Percussão

- 23/06/2018 -

Após a leitura de diversos artigos e também através de experiências próprias que vem desde os meus 11 anos, quando comecei a estudar música, resolvi escrever este artigo sobre a minha visão da educação musical e o ensino da percussão.

Ao longo de todos os meus anos de formação tive a oportunidade de estudar com excelentes professores. Mais tarde como professor de percussão e bateria, dei aulas particulares em diferentes projetos, oficinas, escolas e faculdades, onde tive a chance de passar pelas mais diferentes situações. Tive alunos de diversos lugares, de todas as classes sociais, iniciantes e avançados. Trabalhei em escolas boas e outras não tão boas; em locais com ótima infraestrutura, e outros onde tive até que colocar alunos “tocando” em mesas e cadeiras.

Este “improviso” que muitos acham até certo ponto romântico, onde substituímos, por exemplo, um tambor por uma cadeira, ao meu ver a médio prazo é nocivo. Isto porque impossibilita um aprendizado realmente musical, pois não permite a possibilidade de se trabalhar a sonoridade, timbres etc.

Cabe aqui uma reflexão sobre o apoio das indústrias de instrumentos musicais. É inegável que de um tempo para cá tem crescido o apoio das indústrias na educação musical. Porém o grande problema ocorre quando algumas destas indústrias apoiam projetos com instrumentos de baixa qualidade. A partir de um apoio às instituições de ensino musical com instrumentos de qualidades, além do lado social, esta empresa estará paralelamente fazendo um “marketing” para que os seus futuros clientes desde cedo se acostumem a tocar com instrumentos de qualidade. Isto certamente fará deles músicos melhores e consumidores mais exigentes. Dificilmente um músico que desde cedo se acostumou a tocar em instrumentos de qualidade aceitará tocar com instrumentos de baixa qualidade.

Trabalhando em comunidades carentes percebi dois grandes problemas. O primeiro é a falta de cuidado com o equipamento e instrumentos oferecidos às crianças, muitos deles desafinados e até quebrados, o que desestimula e dificulta o aprendizado. É na primeira fase da infância que a audição está se formando, e instrumentos desafinados podem causar danos quase irreparáveis. Outro grande problema é a falta de entendimento de alguns pais que não percebem os benefícios que o ensino musical possa trazer para a vida dos pequenos, e tratam as aulas de música como uma simples brincadeira sem importância. Tudo isso acaba causando um problema na frequência dos alunos, e principalmente nas aulas em grupo acaba dificultando o aprendizado causando a evasão.

O período indicado para começar informalmente a educação musical é na primeira parte da infância. Na verdade isso pode ser adiantado e iniciado durante a gravidez. Com o simples ato de colocar música e de suavemente tocar alguns ritmos na barriga da mãe o bebê já começa assim a sua formação musical. Tudo isso deve ser feito sempre de maneira bem suave, afinal o bebê ainda está em formação. Após o nascimento continue tendo cuidado com o volume pois a audição ainda não está completamente formada. Tente variar o estilo musical e aos poucos introduza ritmos, melodias e harmonias mais complexas.

Entre sete e nove anos recomenda-se que a criança inicie formalmente seus estudos musicais. A maioria das pesquisas indica que na música, assim como em outras áreas, a genética hereditária deve ser expandida até os nove anos. O desenvolvimento da audição é particularmente crítico durante a infância, além disso jovens estudantes estão muito mais aptos ao processo de desenvolvimento de repetições psicomotoras. Mas isso deve ser feito de forma gradual através de treinos básicos e jogos para o desenvolvimento auditivo.

Neste primeiro momento o uso dos teclados de percussão (xilofone, marimba, bells…) e de tambores é recomendado em atividades que os habilitem a usar as duas mãos de forma igual. Tudo isso irá ajudar no desenvolvimento auditivo, na afinação, entoação e na estabilidade rítmica. O uso de canções folclóricas pode e deve ser utilizado nesta primeira fase. Após um breve espaço de tempo inicie a criança a tocar ostinatos e canons em diversos instrumentos de percussão.

Para que se obtenha um bom resultado no ensino musical infantil é importante que o professor, o aluno e os pais se reúnam de duas a quatro vezes por ano para elaborar, rever juntos o programa e definir objetivos. É importante analisar no final de cada período o processo de aprendizagem e o resultado obtido. É também fundamental o estímulo dos pais para que a música faça parte do dia a dia da criança.

Devido à inexperiência, crianças são facilmente confundidas pelos testes vocacionais, que contribuem para que elas percam o interesse e pulem de atividade para atividade. Com isso elas evitam desafios e perdem a oportunidade de atingir um nível alto em qualquer que seja a atividade. Alunos e pais devem concordar em manter as aulas até que um ponto pré-estabelecido seja atingido. É claro que existem exceções para esta regra, mas conseguindo mantê-la estaremos ajudando a criança a desenvolver um senso de responsabilidade e não desistir ao primeiro sinal de dificuldade.

Estudantes de música precisam de um currículo que desperte neles interesse. O objetivo principal não é o de criar virtuosos ou músicos de exceção, mas sim desenvolver a habilidade musical como um todo. Como disse o baterista Alan Dawson: “Eu não ensino bateria. Eu ensino música. Meu instrumento é a bateria… então, ensino música pela bateria”.

Em se tratando do estudo da percussão, não é recomendado que o aluno estude todas as áreas da percussão ao mesmo tempo. Ao invés disso sugiro um desenvolvimento natural e gradual como por exemplo:
• Desenvolver a noção de afinação e entoação – esta parte deve ser estabelecida logo no início.
• Desenvolver um sólido sentido rítmico.
• Desenvolver a percepção de dinâmica (forte / fraco) e sensibilidade timbrática.
• Introduzir a prática do conjunto tão logo a criança desenvolva o sentido social. Fazer isso através de simples acompanhamentos rítmicos e ostinatos até canons, melodias e acordes.
• Desenvolver lentamente a coordenação motora. Inicialmente com exercícios simples até atingir os mais complexos.
• Os teclados devem ser ensinados lentamente.
• O estudo dos tambores e da bateria, por requerer uma força física maior, resistência e uma coordenação motora complicada, deve ser a última área a ser desenvolvida.

Se os teclados, tímpanos e percussão geral forem introduzidos entre sete e nove anos, a criança se sentirá confortável para o estudo da bateria a partir dos 11 anos.

Crianças entre 10 e 12 anos já cumpriram uma etapa de desenvolvimento intelectual e físico. A partir daí o foco deve ser também o desenvolvimento social através da prática de conjunto.

Pra uma criança que inicie seus estudos musicais aos doze anos, recomenda-se que ela comece por alguns instrumentos de teclados e caixa antes de estudar bateria.

Este currículo inicial deve incluir:
• Desenvolver a audição nos teclados através de no mínimo 20 canções folclóricas e populares (aprender de ouvido).
• Trabalhar transposição tocando estas músicas em diferentes tonalidades.
• Aprender as escalas maiores e menores e suas respectivas triades.
• Desenvolver o senso e a leitura rítmica.
• Desenvolver a leitura musical básica nas claves de Sol e Fá.

Mesmo sabendo que o vocabulário musical demanda um certo tempo para se absorver, é imprescindível que desde o início o aluno seja apresentado à diferentes estilos musicais. O professor deve estar preparado para ensinar um repertório que, ao mesmo tempo, seja sofisticado e de fácil aprendizado.

É também fundamental que em todos os estágios do aprendizado o aluno adquira o hábito de ouvir música. O professor deve ser forte aliado neste aspecto, apresentando e recomendando um repertório musical amplo, variado e de qualidade.

Isto pode parecer idealismo num país onde ainda não conseguimos suprir sequer algumas necessidades básicas. Mas na minha opinião não devemos mais aceitar diferenças na maneira e principalmente na estrutura de se ensinar música entre nós e os países ricos. A simples obrigatoriedade do ensino de música nas escolas não é suficiente. É importante que se tenha também um bom currículo e estrutura adequada para aulas de música! Não devemos aceitar pura e simplesmente o direito à educação, mas sim exigir o direito à uma educação de qualidade. Somente assim conseguiremos diminuir esta lacuna que existe entre o nosso deficiente ensino musical e o mundo desenvolvido. Com isso estaremos colocando nossos músicos em igualdade de condições no mercado internacional. Como em qualquer área da educação a música deve ser tratada com seriedade e respeito.

Guilherme Gonçalves

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